•A Portugal Telecom não pode, nem deve, deixar “esfriar” seus negócios no mercado brasileiro, que é, sem a menor sombra de dúvida, o melhor e o maior negócio que o grupo tem, e a Vivo é o grande mascote que melhor projeta a imagem da PT no Brasil. Para se ter uma idéia do tamanho desse negócio, é só exercitar um rápido raciocínio: Portugal tem (no máximo) uma população total de 12 milhões de habitantes – entre 10 e 12 milhões. O Brasil tem quase 200 milhões – geograficamente então, seria até uma perda de tempo fazermos algum comparativo. No Brasil a PT, através da Vivo, tem nada mais nada menos, que 40 milhões de clientes, sendo a maior operadora prestando serviço no país. Isto representa nada menos que (quase) quatro vezes mais do que a população inteira de Portugal. Sendo que só na cidade de São Paulo tem mais habitantes que Portugal inteiro. É um grande negócio ou não? Imagina só se a Portugal Telecom não tivesse seus olhos todos voltados ao mercado brasileiro, seria uma burrice do tamanho do grupo, e Zeinal Bava sabe tão bem disso, que teve o cuidado de visitar e até presentear o presidente Lula para reforçar a presença ganhando (de quebra) divulgação gratuita na mídia – tudo em nome do bom mercado e da boa imagem da Vivo. Mas nem tudo cai bem aos olhos. A Vivo está presente no mercado brasileiro, é a melhor operadora, tem tecnologia de ponta, tudo muito bonito. Mas o grupo não dá a menor bola para as inúmeras entidades lusas presentes no Brasil, especialmente em São Paulo (seu maior e melhor mercado). Aos portugueses então, nem pensar.
Associações portuguesas, veículos de comunicação, grupos ligados à cultura lusa, o folclore português, clubes sócios culturais, esportivos, como a Portuguesa de Desportos, por exemplo, - nada! São todos absolutamente ignorados pelo grupo (a exemplo dos outros grandes grupos portugueses presentes no Brasil), que tem um negócio e tem o maior interesse em seu negócio, e nada mais que isso.
Esta (creio) é a imagem mais negativa – de resto, e por tudo isso, tudo não passa do negócio, de comércio, que justifica a tal “confiança” na economia brasileira, porém representa muito mais confiança neste mercado terceiro mundista, barato para os padrões europeus e amplamente promissor.
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