sexta-feira, 24 de julho de 2009

Recessão portuguesa em discussão

Hoje eu li um comentário publicado em um espaço de discussão, sobre as declarações do responsável pelo Banco de Portugal, Vítor Constâncio, que fez na semana passada duras declarações sobre a recessão portuguesa após a divulgação do “Boletim Económico de Verão”, e avisou que a evolução da economia nos próximos anos vai depender da capacidade de Portugal se ajustar ao mercado externo, após esta recessão.
Conforme Vítor Constâncio, os maiores problemas são estruturais, ou seja, o capital humano, o funcionamento dos mercados do trabalho, e o sistema de justiça. Estima-se que, para 2010 as exportações deverão cair mais do que o previsto, cerca de 17,7%, o que equivale a mais três pontos percentuais do que a previsão anterior.
A expectativa para as exportações também é de queda: 17,1% (8 pontos além do previsto em abril). E queda de 4,5% no consumo interno, o que pode representar retração por parte de investidores. O cenário não muito otimista se confrontado com as análises dos economistas, que preveem (ainda) mais dois anos de recessão. Sendo assim, o conselho é para o menor índice possível de endividamento para todos os setores da economia lusa. Os índices anunciados só se comparam com a recessão de 1975.
A projeção do Banco Central aponta para uma contração significativa do consumo privado, que deverá levar a maiores poupanças pelos particulares, refletindo o ajustamento das famílias à evolução do mercado de trabalho e de riqueza, “num contexto de elevado endividamento”. O relatório do Banco de Portugal destaca também que a recuperação da economia portuguesa, após a recessão, tem de “implicar o reinício do processo de consolidação orçamental através de uma estratégia clara que promova a criação de um quadro macroeconômico orientado para a estabilidade e crescimento”. Para o emprego as previsões não são melhores, o BP prevê uma diminuição do emprego de 2,6% em 2009, seguida de uma nova redução do nível do emprego de 1,5% em 2010.
Pode-se alcançar uma estabilidade, por exemplo, se em vez da preocupação de cobrar impostos, exista a preocupação de estimular novas empresas que possam pagar impostos. E se, em vez do verbo “penhorar”, passemos a ouvir mais o verbo “produzir”. E quando o Estado deixar de esvaziar os cidadãos dos seus direitos e da sua propriedade, e iniciar um contra ciclo de corte de regalias aos excessos do próprio Estado.
Soma-se aí uma redução de impostos para alívio das famílias e das pequenas e médias empresas, por contrapartida da eliminação das injustas acumulações de reformas, que abundam um pouco por todos os altos cargos da Nação. Ou ainda colocarem em ação os programas de incentivos econômicos à agricultura portuguesa, ao comércio e indústria portugueses, e no seu todo, à produtividade dos trabalhadores portugueses e à rentabilidade de toda a produção nacional.

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