Saúde abalada: Beneficência de Santos em processo de insolvência

Administrado pelo político Ademir Pestana, o hospital estaria com situação financeira em coma. Presidente pode ser responsabilizado pelo endividamento Foto: Armênio Mendes e Ademir Pestana (arquivo Mundo Lusíada).

•O ex-vereador Ademir Pestana, há anos presidindo a Beneficência Portuguesa de Santos (cidade litorânea de São Paulo, Brasil), deverá ter muitas, muitas dificuldades para provar aos conselheiros Ernesto Vieira da Silva, Frederico Vaz Pacheco de Castro e Armênio Mendes, que a situação do hospital que dirige não se encontra em situação de falência. Esses conselheiros querem a saída da Mesa Diretora da entidade presidida pelo ex-vereador.

O pedido conta com 72 assinaturas protocolado na Secretaria do Conselho dia 6 de julho. Não é a primeira vez que uma entidade portuguesa ligada à saúde no Brasil é envolvida em escândalos desse tipo. Já vimos histórias em entidade no Rio de Janeiro (como já denunciou muito a jornalista Eulália Moreno), como no Centro Trasmontano em São Paulo, salvo da falência pelo competente Fernando José Moredo, e agora se repete em Santos.

Curiosamente dessa vez, um político na presidência, e há muito tempo, é o alvo das denúncias. Não menos curioso, ele sempre apareceu irmanado com os acusadores de hoje, por freqüentar as entidades luso-brasileiras da baixada santista.

Ademir Pestana diz que as afirmações divulgadas na imprensa têm prejudicado as atividades do hospital, derrubando as vendas de planos de saúde e cancelamentos de cirurgias. E atribuiu as acusações a “interesses políticos” por parte dos conselheiros.

Nas últimas eleições municipais em Santos, Pestana não conseguiu reeleição. Portanto estava mais voltado ao hospital. Agora, caso tenha que responder por irregularidades, não terá a política nem a presidência em questão. Prestes a completar um século e meio de fundação, a Beneficência estaria "em processo de insolvência". “Não dá para manter uma Diretoria Executiva que engana sócios, conselheiros e sociedade", alega Armênio Mendes, que há quatro anos preside o Conselho Deliberativo e antecipa estar "preparando um processo jurídico para responsabilizar essa diretoria por desmandos e endividamento bancário sem nos dar conhecimento". Estamos acompanhando o desenrolar dessa história. A matéria completa pode ser lida em nosso site (mundolusiada.com.br).